6ª ETAPA NO CAMINHO HISTÓRICO, DE ODECEIXE À ARRIFANA
A etapa mais longa de todo o percurso, uma das referências do surf nesta região e uma passagem por uma das vilas mais interessantes da Costa Vicentina
PUBLICADO A 12 DE OUTUBRO DE 2020 | VIAGEM A 2 DE SETEMBRO DE 2020
Em Odeceixe temos o primeiro ponto onde o Caminho Histórico e o Trilho dos Pescadores se cruzam. Como pensei para este dia fazer duas etapas numa só, recorri a este caminho mais antigo, não por ser uma opção diferente mas porque ia calcar menos quilómetros até à Arrifana.
Assim sendo, dividi a minha etapa em dois: numa primeira parte até Aljezur e depois até à Arrifana como destino final. O caminho é muito simples, com pouco declives, muito fácil de circular e também por isso decidi juntar estas duas etapas.
Neste dia, não tive em contacto com o mar mas há paisagens realmente impressionantes. E o caminho é tão fácil que quando dei conta estava a fazer a primeira paragem estratégica no Rogil e depois a almoçar em Aljezur.
De Aljezur à Arrifana
Antes de chegar a Aljezur queria visitar o castelo mas quando tive a percepção que era num ponto tão alto, deixei essa ideia de lado… No entanto, a entrada na vila foi das que mais gostei ao chegar a um sítio. As casas e as ruas muito bem arranjadas e um contacto permanente com a natureza. O pior foi depois de almoço…
O centro histórico de Aljezur fica localizado num declive e então é normal estarmos sempre a subir e a descer pelas ruas… Ao ver como ia para Arrifana, tinha mesmo de passar ao lado do castelo e assim não tive grande alternativa… A vista até é bonita lá de cima mas naquela altura os 20 km matinais começavam a dizer que não queriam subir mais.
De qualquer forma, retomei o percurso até à Arrifana. Existem mais declives nesta parte do caminho e foi daquelas partes menos interessantes de toda a Rota Vicentina. O percurso é muito fácil mas a certa altura senti que estava a dar demasiadas voltas para chegar ao destino final (mas aqui também já pode ser o cansaço a falar mais alto).
Arrifana
Ao chegar à Arrifana, comecei a temer pelo pior… Tudo por causa do tempo. A ideia para todos os dias era fazer praia depois das caminhadas e de repente vejo ao longe uma nuvem gigante a pairar sobre o único lugar onde pretendia passar o resto do dia. De qualquer forma, não passou de um susto e até ao fim da tarde cheguei a ser contemplado com um incrível pôr-do-sol.
Ao entrar na vila, também comecei a entrar em algum desespero. Depois de andar 32 km debaixo de sol e sem água nos últimos 5 km, só queria encontrar uma mercearia ou um café para me abastecer. Isso só aconteceu quando cheguei à Pousada da Juventude onde passei a noite.
Depois de tomar um banho, pensei ir até à praia mas depois de ver o que tinha de descer, desisti logo dessa ideia. Mesmo assim a vista é espectacular, é uma das imagens de marca da Costa Vicentina e é uma das referências da região para a prática de surf.
Ainda consegui arranjar forças nas pernas e andei o que faltava da estrada até às Ruínas da Fortaleza de Arrifana onde tentei ficar até ao pôr-do-sol enquanto admirava toda aquela envolvente. Com a noite a querer aparecer, juntamente com o frio, voltei à pousada onde fiquei hospedado e, felizmente, ainda havia muito do pôr-do-sol para apreciar.
Este talvez tenha sido o dia mais complicado porque andei muito e não consegui desfrutar em nada da Arrifana como queria. Ainda assim, apanhei esta pequena vila numa fase do dia em que pude contemplá-la da melhor forma possível. É claramente um lugar para passar umas férias tranquilas, até porque não há outra coisa que não sejam moradias e restaurantes. Nem o turista mais beato se pode contentar com uma missa ao Domingo… Foi pouco tempo mas aproveitei da melhor maneira como tento sempre fazer!
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Autor do projecto Num Postal, arquitecto de profissão, fotógrafo nas horas vagas e apaixonado por viagens. Criei o blog para que não me escape nada das minhas aventuras pelo mundo, para partilhar com os outros e para eu reviver cada uma destas experiências! Depois de viver uma temporada no Brasil, percebi que há todo um universo lá fora para descobrir e desde então nunca mais parei de ir à procura de lugares desconhecidos.
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