8ª ETAPA DO TRILHO DOS PESCADORES, DA CARRAPATEIRA AO CABO DE SÃO VICENTE
A derradeira etapa da vitória, praias que ao fim de oito dias continuam a impressionar e um farol tão perto que parece estar tão longe
PUBLICADO A 16 DE OUTUBRO DE 2020 | VIAGEM A 4 DE SETEMBRO DE 2020
A última etapa foi uma das mais duras, não por causa do caminho em si mas porque foi o dia que apanhei mais calor. Dividi o percurso em duas partes. Em primeiro lugar saí da Carrapateira até Vila do Bispo, parando nesta vila para almoçar. Em seguida, depois de almoço e de repousar à sombra para fugir à hora de mais calor, fui de Vila do Bispo até ao Cabo de São Vicente.
A primeira parte do caminho é uma das etapas mais interessantes de se fazer. Um dos primeiros pontos de passagem é a Praia do Amado que vai certamente para o meu top de praias da Costa Vicentina. A paisagem envolvente é extraordinária e por isso se torna tão especial passar por ali.
Esta parte do percurso é igualmente desafiante. Ao longo do caminho, deparamo-nos com as subidas mais íngremes de todo o percurso que vão desde a cota 0 à 160. Por norma, já não é fácil e com o calor a aparecer tornava-se ainda mais complicado.
Quase no fim desta primeira etapa, tudo fica muito mais facilitado. O percurso mantém-se a uma cota constante e quando damos por nós já avistamos a Vila do Bispo com Sagres no plano de fundo.
De Vila do Bispo ao Cabo de São Vicente
Eram os últimos 14 km de todo o meu percurso e por isso fi-los com muita calma. Este troço é dividido entre o Caminho Histórico e o Trilho dos Pescadores, e era a este último que estava ansioso por chegar para fugir aos terrenos secos que apanhei um boa parte do percurso.
Durante esta etapa, o Farol de São Vicente é visível quase todo o percurso. Para mim, dava ainda mais ansiedade de chegar, o que tornava o caminho mais difícil. Como não tinha grande pressa de chegar, fui andando calmamente e desse modo deu para conhecer uma última praia: a Praia do Telheiro.
Desde aí, as marcas até ao Cabo de São Vicente não são tão nítidas e por isso acho que me perdi do caminho traçado… De qualquer forma, consegui chegar à estrada que leva até ao Farol e aquele quilómetro estava a custar tanto que deve ter sido o mais longo da minha vida!
Cabo de São Vicente
O Farol do Cabo de São Vicente, está localizado no ponto mais sudoeste de Portugal. Alimentado pelos visitantes que passam a estadia em Sagres, é um lugar único de onde se pode ter uma panorâmica incrível do mar envolvente. Ainda se encontra em funcionamento, com um espaço museológico sobre a sua história e uma evolução espacial que acompanha os tempos actuais.
A sua posição geográfica é um ponto especial para acompanhar o pôr-do-sol e foi com esse objectivo que pretendia chegar para terminar o caminho da melhor forma. Admito que esperava algo mais discreto e não com tanta gente como aconteceu… Surpreendentemente, o espaço à volta do farol estava cheio de pessoas (muitos turistas espanhóis e ingleses) que pareciam que iam ver este fenómeno pela primeira vez. É mesmo impressionante como algo tão comum que acontece diariamente, disperta tanta curiosidade. No final até houve palmas…
Depois de oito dias de caminhada com 171 km nas pernas, cheguei ao fim com um ar sujo, imundo, acabado e extremamente aliviado por ter conseguido cumprir com este objectivo. Nunca pensei em desistir mas alguns momentos não foram fáceis e dava jeito ter alguém a puxar por mim. Mas como podem ver, no fim fica um sentimento de dever cumprido e uma experiência para a vida que não irei esquecer!
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Autor do projecto Num Postal, arquitecto de profissão, fotógrafo nas horas vagas e apaixonado por viagens. Criei o blog para que não me escape nada das minhas aventuras pelo mundo, para partilhar com os outros e para eu reviver cada uma destas experiências! Depois de viver uma temporada no Brasil, percebi que há todo um universo lá fora para descobrir e desde então nunca mais parei de ir à procura de lugares desconhecidos.
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