AÇORES,
NO GRUPO CENTRAL
A subida ao ponto mais alto de Portugal, a tranquilidade das fajãs de São Jorge e os campos verdes da Terceira
PUBLICADO A 12 DE DEZEMBRO DE 2020 | VIAGEM DE 5 A 14 DE NOVEMBRO DE 2020
Mais uma das boas alternativas para este ano! Surgiu a oportunidade transformar os meus dias perdidos de férias numa viagem de 10 dias aos Açores até quatro ilhas do grupo central. Graças à Landescape, agência de viagens de aventura, consegui ter uma experiência única em lugares incríveis com um grupo que vai deixar muitas saudades.
Concretamente sobre os Açores, falamos de um conjunto de 9 ilhas que estão divididas entre Grupo Ocidental (Corvo e Flores), Grupo Oriental (Santa Maria e São Miguel) e Grupo Central (Graciosa, Terceira, São Jorge, Pico e Faial). A escolha recaiu nestas últimas quatro ilhas. Mal eu sabia que ia ficar tão apaixonado ao ponto de querer voltar, mas já lá vamos…
Um destino seguro em tempos de Covid-19
Num ano em que viajar já não é tão comum, os Açores tornou-se um dos destinos mais seguros para o fazer, devido aos esforços do governo regional para continuar a fomentar o turismo. Por si só, os Açores é um arquipélago que está meio isolado do mundo e assim também é mais difícil do vírus lá chegar. Não é por acaso que são muitos poucos os casos que existem por lá, sendo também esta uma premissa importante para tentar ter umas férias tranquilas.
Em relação aos procedimentos necessários, tem de se fazer o teste da Covid-19 até 72 horas antes de embarcar no avião ou à chegada ao arquipélago. Em seguida, é necessário preencher um formulário com alguns dados para a chegada ao destino e se fizer viagens inter-ilhas. Para facilitar este processo, esta informação pode ser registada online através dos serviços aéreos dos Açores (aqui).
Caso fiques mais de 6 dias nos Açores, tens de fazer novo teste. No formulário podes acionar essa opção e indicar o local onde vais estar. Mais tarde alguém das clínicas próximas à morada onde te encontras, irá contactar-te para fazer a marcação do novo teste.
No meu caso preenchi toda esta informação online, onde também inseri o resultado negativo do teste (que se recebe no dia seguinte). O melhor de tudo isto é que o governo regional dos Açores paga estas despesas se apresentarmos o comprovativo de viagem na hora de fazer o teste. Eu aterrei no primeiro dia na Terceira e nos formulários indiquei que ao 6º dia depois de fazer o teste ia estar na ilha de São Jorge. Quando receberam essa informação, fui contactado pela clínica da Calheta e foi só marcar para fazer o teste. Tudo correu bem, recebi o resultado e continuei naturalmente com a viagem.
Dia 1 – São Miguel:
Falemos agora do que interessa mas antes de chegar à Terceira tive uma escala muito produtiva em São Miguel. Cheguei de manhã ao Aeroporto de Ponta Delgada e ainda tinha uma espera de 9 horas até voltar a apanhar um novo avião.
Como era a primeira vez em São Miguel, aluguei um carro e fui conhecer a ilha. Apenas explorei a zona leste, mais propriamente tudo o que acontece à volta da Lagoa das Sete Cidades. Também foram muitas as paragens no meio da estrada para fotografar o contraste com uma natureza única que não podia deixar de registar. Ainda parei em Ponta Delgada mas o que ficou foi a vontade de ver outras lagoas e percorrer os trilhos desta ilha. A certa altura já eram 18h15 e o avião esperava por mim para me reunir com o grupo na Terceira.
Dia 2 – Terceira:
A Terceira é uma das maiores ilhas dos Açores e por isso um dia foi muito pouco tempo para vermos tudo o que tinhamos ao nosso dispôr. De qualquer forma, os lugares principais ficaram vistos só que gostávamos de ter visto muito mais…
Desde a capital da ilha e uma antiga capital da nação, Angra do Heroísmo, fizemos um tour privado para aproveitar a Terceira da melhor forma. Fomos até às piscinas naturais de Biscoitos, no Norte da ilha, até ao Algar do Carvão, o único vulcão do mundo que se pode descer caminhando pelo interior e só terminamos com um pôr-do-sol imperdível na Serra do Cume onde temos um dos melhores cartões de postal da Terceira.
Dia 3 e 5 – São Jorge:
Na Terceira acordamos bem cedo para apanhar o avião até à ilha de São Jorge, uma viagem que durou cerca de 15 minutos. Logo que aterramos na ilha, seguimos até um dos pontos mais altos da Serra do Topo. As nossas mochilas seguiram directas para o alojamento e nós para o trilho que fizemos até à Fajã da Caldeira de Santo Cristo. Foram dois dias e duas noites a aproveitar a tranquilidade daquele lugar para descansarmos e termos forças suficientes para subirmos o Pico.
No último dia na ilha ainda fomos à Fajã dos Vimes provar o melhor café dos Açores que só pode ser encontrado naquele lugar. Apesar de ser um enorme sucesso, este não é importado e por isso é que aquela terra tem tantos visitantes. Entretanto o almoço chegou em Velas, a povoação mais importante de São Jorge, e fizemos a digestão durante a viagem de barco para a ilha do Pico.
Dia 5 a 8 – Pico:
Chegamos a São Roque do Pico onde tivemos a grande ajuda da Pico Me Up no transporte até ao nosso hotel na Madalena. Começamos a visita ao Pico da melhor maneira numa prova de vinhos na Cooperativa Vinícola da Ilha do Pico. Não podíamos ter tido melhor recepção!
O objectivo da visita ao Pico era subir ao topo da montanha que dá nome à ilha. Conseguimos fazer o percurso até lá acima com bom tempo, dormimos na cratera e ainda vimos o nascer-do-sol no Piquinho, a 2351 metros de altura. Uma experiência inesquecível e mais um sonho realizado!
O tempo livre serviu para conhecer as raízes da ilha onde no Lajido de Santa Luzia visitamos a Casa dos Vulcões e o Centro de Interpretação da Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico. Esta também é uma terra de vinhos e no Lajido da Criação Velha temos uma das paisagens de vinhas mais encantadoras que vi, com planos de fundo que variam entre a montanha do Pico e a ilha do Faial. Foi uma ilha que se tornou uma enorme surpresa que só não foi maior devido à chuva que nos impediu de visitar algumas lagoas e percorrer outros trilhos (fica para a próxima…).
Dia 8 a 10 – Faial:
Logo depois de descermos o Pico, apanhamos um barco até ao Faial. Cansados da descida da montanha, aproveitamos para descansar e passear um pouco pela Horta. O primeiro dia nesta ilha terminou com um pôr-do-sol na Praia de Porto Pim e uma passeio pela marina da Horta.
O dia que restava foi passado entre a Caldeira do Faial e o Vulcão dos Capelinhos. Fizemos o trilho da caldeira e um troço do Trilho dos Dez Vulcões, terminando a viagem na colina junto ao vulcão onde terminamos a viagem com um pôr-do-sol memorável.
O último dia de viagem serviu exclusivamente para voltar a Lisboa. Os 10 dias nos Açores passaram tão rápido que apenas deu para aguçar o apetite para uma nova viagem até ao arquipélago. Faltou sempre algo mais para fazer em cada uma destas ilhas mas isso não é mau de todo… Haverá sempre um novo programa à espera até ao meu regresso e com as limitações de viagens para grande parte do mundo, até pode ser que esteja para breve.
Independentemente disso, para uma primeira viagem aos Açores, fiquei extremamente satisfeito! Não criei expectativas para esta viagem e talvez por isso fui tão surpreendido de uma forma que não esperava, seja pelas pessoas, a comida ou as paisagens que são únicas neste paraíso aqui tão perto.
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Autor do projecto Num Postal, arquitecto de profissão, fotógrafo nas horas vagas e apaixonado por viagens. Criei o blog para que não me escape nada das minhas aventuras pelo mundo, para partilhar com os outros e para eu reviver cada uma destas experiências! Depois de viver uma temporada no Brasil, percebi que há todo um universo lá fora para descobrir e desde então nunca mais parei de ir à procura de lugares desconhecidos.
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