GLASGOW,
O CENTRO FINANCEIRO

Um centro comercial ao ar livre, a cidade que não vive assim tanto para o turismo e um farol que trocou os mares pela cidade

PUBLICADO A 24 DE ABRIL DE 2020 | VIAGEM DE 30 A 31 DE MAIO DE 2019

Glasgow é a maior cidade da Escócia e a terceira maior do Reino Unido, ficando apenas atrás de Londres e Birmingham. É por isso o maior centro financeiro do país e não está assim tão virada para o turismo como Edimburgo. Depois de estarmos na capital, é inevitável vermos as diferenças e com o tempo íamos apercebendo dos contrastes entre as duas cidades.

É uma cidade mais movimentada já que é ali se encontram as grandes empresas e por não haver um grande património cultural, como na capital, as ruas são mais sujas e pouco cuidadas. Mas nem tudo é mau e apesar de termos estado na cidade menos de 24 horas ainda deu para fazer um pequeno passeio mais tradicional.

Na chegada à cidade já trazíamos um monte de histórias na bagagem e sabíamos que esta aventura estava perto do fim. A viagem ainda foi longa desde a ilha de Islay e só ao fim da tarde é que chegamos a Glasgow depois de sair das Highlands. Como estávamos em Maio anoitecia mais tarde do que estamos habituados e por isso ainda deu para fazer um passeio pela cidade.

Dia 1, Aproveitar enquanto há tempo:

Ainda no barco que apanhamos em Port Ellen para Kennacraig, aproveitamos para almoçar e carregar baterias para uma viagem que (sem paragens) ia demorar cerca de 3 horas. Mas nós ainda paramos a meio do caminho e conhecemos a vila de Inveraray. É mais um daqueles lugares típicos escoceses junto a um rio e com paisagens de cortar a respiração.

Glasgow, o centro financeiro_Num Postal
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Estavamos prestes a despedirmo-nos das Highlands e o nevoeiro ia assombrando a nossa viagem até ao preciso momento que chegássemos a Glasgow.

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Argyle Street

Foi já tarde que chegamos a Glasgow. Ainda deixamos a nossa bagagem no nosso hotel (ficamos no Easy Hotel que eu não recomendo), entregamos o nosso carro e seguimos sempre junto ao rio Clyde até ao centro da cidade.

Acabamos na Argyle Street que é uma das ruas principais da cidade e a mais longa com uma distância de 3,4km que percorre todo o centro histórico. Esta é igualmente um dos pontos principais de comércio da cidade onde também se destaca a estação de comboios que passa por cima da rua.

Glasgow, o centro financeiro_Num Postal
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George Square e Glasgow City Chambers

A Argyle Street é todo um mundo que está conectado com alguns dos pontos principais de Glasgow que nos estimulam a atravessar cada um desses cantos. Entre ruas e ruelas acabamos em George Square, a principal praça da cidade em homenagem ao Rei George III. A praça possui um conjunto de estátuas e monumentos em tributo a personalidades como Sir Walter Scott ou Robert Burns mas o edifício que mais se destaca é a Glasgow City Chambers, a Câmara Municipal da cidade. À frente da câmara, instalado na praça, está um memorial para relembrar os desaparecidos da Primeira e Segunda Guerra mundial, uma homenagem como outras que já tinhamos visto noutras cidades.

Glasgow, o centro financeiro_Num Postal
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St. George’s Tron Church

Antes que nos recolhessemos em algum lado, passamos junto à St. George’s Tron Church que, mesmo localizada junto a uma das ruas mais movimentadas da cidade, assume um papel de destaque pela presença significativa da sua torre.

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Waxy O’connor’s

O tempo não estava muito convidativo para passeios e por isso instalamo-nos no Waxy O’connor’s, um bar irlandês com vários andares e todo revestido a madeira com pormenores de como se estivéssemos debaixo de terra, com vários tipos de raízes que estão a segurar alguma coisa.

Glasgow, o centro financeiro_Num Postal
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The Pot Still

No Waxy O’connor’s apenas jantamos. Para as primeiras provas de whisky do dia, tinhamos de subir um pouco mais o nível e por isso acabamos no The Pot Still, um dos lugares mais antigos da cidade com alguns dos melhores whiskys que os meus amigos já provaram e com a maior variedade que também já vi (chegam a ter cerca de 600 variedades de whisky do mundo inteiro).

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Dia 2, Queimar os ultimos cartuchos:

Glasgow Cathedral

O tempo estava todo contado para fazermos um último passeio matinal pela cidade. O nosso voo de volta para Lisboa era as 15h e por isso quase que madrugamos para render a visita a Glasgow. Caminhamos em direcção à Glasgow Cathedral mas era tão cedo que apenas a conseguimos ver por fora.

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Necrópolis

Nesse sentido, decidimos ir à Necrópolis que fica por trás da catedral. É um dos melhores miradouros da cidade e ao mesmo tempo é um cemitério conhecido como “a cidade dos mortos”. Dizem que se encontra cerca de 3.500 monumentos e sepulturas de todas as formas e feitios.

Glasgow, o centro financeiro_Num Postal
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Feito o compasso de espera, entramos logo que possível na catedral que é a mais antiga da Escócia e o edifício mais antigo de Glasgow. A catedral pertence à Igreja da Escócia e toda ela é construída em pedra com uns vitrais que lhe dão uma iluminação que realça toda a sua monumentalidade.

Glasgow, o centro financeiro_Num Postal
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High Street

Em seguida voltamos ao nosso roteiro e com a próxima paragem no horizonte, ia observando alguns trabalhos de artistas que tentam dar uma outra dimensão cultural a Glasgow através da criação de murais nas paredes cegas de alguns dos seus edifícios como acontece na High Street, a rua mais antiga e uma das principais em Glasgow.

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Merchant City Clock Tower

Esta rua termina numa praça onde se destaca a Merchant City Clock Tower conhecido também como Campanário de Toolboth, localizado numa pequena ilha no meio da estrada que culmina no ponto de encontro entra duas das principais ruas de Glasgow. Relacionado com esta torre, com um relógio de fundo azul, está a Trongate Steeple, a torre de uma antiga igreja que possui um relógio com as mesmas características. Basicamente esta imagem era para esclarecer os seus visitantes que ali era um ponto importante de entrada na cidade.

Este largo ainda possui uma Mercat Cross (Cruz Mercantil) com a sua estrutura octogonal para referenciar aquele ponto com um lugar de trocas comerciais. Actualmente, essa função foi adquirida pelo edifício adjacente a este monumento.

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St. Andrew’s Cathedral

Voltamos depois ao rio Clyde a um dos troços onde de um lado temos a Portland Street Suspension Bridge como uma estrutura em aço encarnado, somente para peões, e do outro lado a Victoria Bridge como a ponte mais antiga da cidade, totalmente em pedra com um aspecto mais tradicional.

A chegada a este ponto tinha como objectivo visitar a St. Andrew’s Cathedral também conhecida como a Catedral Metropolitana de Glasgow, a igreja matriz da arquidiocese católica romana da cidade. Infelizmente não deu para entrar, isto é, até dava mas chegamos na altura errada em que estava a decorrer uma cerimónia fúnebre naquele preciso momento.

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Buchanan Street

Era depois destas voltas todas que chegávamos a Buchanan Street. Trata-se de uma rua pedonal que é das principais artérias comerciais da cidade e do país. Ao contrário de outras ruas com a Argyle Street, aqui encontram-se as lojas mais caras de Glasgow onde só algumas pessoas tem condições para entrar.

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Lighthouse

Por fim, a última paragem desta viagem foi o Lighthouse. Este farol está associado ao edifício do Centro de Design e Arquitectura da Escócia que era a antiga sede do jornal Glasgow Herald. Esta intervenção foi realizada pelo arquitecto Charles Rennie Mackintosh que via o centro como o desenvolvimento de todas artes relacionadas com vários sectores como a educação, a economia, a cultura ou os temas sociais. A visão do arquitecto era audaz ao ponto de ter conseguido uma exposição permanente sobre a sua carreira artística.

No entanto, as exposições eram de longe o que nos levava ao farol. O que queríamos era subir ao ponto mais alto e admirar as vistas da cidade. Para subir ao topo tinhamos de atravessar os 6 andares de escadas que nos mostravam uma visão de 360º graus da cidade. Era o lugar ideal para ir no caso de nos ter faltado ver alguma coisa.

Glasgow, o centro financeiro_Num Postal
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E assim terminamos uma viagem de nove dias pela Escócia com a nossa estadia de menos de 24 horas em Glasgow. Como disse no início, esta não é uma cidade vocacionada directamente para o turismo mas ainda tem muitos pontos interessantes que valem a pena aprofundar com mais detalhe. Talvez com um sol radiante conseguíssemos ter uma outra perspectiva da cidade mas pelo menos foi mais um destino a riscar da bucketlist.

No fim de tudo, foram sete lugares diferentes em nove dias que nos fizeram conhecer um país com tradições culturais muito próprias em cada uma das regiões onde estivemos. Não sei se a experiência em Glasgow podia ser muito melhor mas pelo menos não desiludiu assim como todos os outros lugares que nos deixaram de coração cheio e com muitas histórias para contar.

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Autor do projecto Num Postal, arquitecto de profissão, fotógrafo nas horas vagas e apaixonado por viagens. Criei o blog para que não me escape nada das minhas aventuras pelo mundo, para partilhar com os outros e para eu reviver cada uma destas experiências! Depois de viver uma temporada no Brasil, percebi que há todo um universo lá fora para descobrir e desde então nunca mais parei de ir à procura de lugares desconhecidos.

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