OBAN,
A BAÍA DO MARISCO

Um lugar projectado para o mar, o coliseu romano da Escócia e o sol (quase) da meia-noite

PUBLICADO A 20 DE ABRIL DE 2020 | VIAGEM A 27 DE MAIO DE 2019

Continuando a excursão pela Escócia, Oban calhou-nos como mais um destino do qual também não sabíamos muito. Foi-nos aconselhado por um dos nossos amigos que já lá tinha estado e que nos dizia que era um bom ponto de passagem.

Muito resumidamente, o nome de Oban resulta muito daquilo que é a sua organização urbana, ou seja, a cidade modela-se em torno da sua costa em forma de ferradura e em gaélico traduz-se An t-Òban que significa “pequena baía”. É por isso um lugar de pescadores, com muito marisco e que vive essencialmente do turismo. Nas épocas altas o número de habitantes chega a triplicar em relação a outras alturas do ano e foi intitulado pela Rainha Victoria como “um dos melhores lugares que já vimos” aquando da sua primeira visita à cidade.

Castle Stalker

Neste dia estávamos a vir de Glenfinnan e apanhamos um caminho que demorou cerca de 2 horas até Oban, já incluindo algumas paragens. Este foi um percurso em que fomos sempre junto ao Loch Linnhe com as Higlands ainda no horizonte. As paragens serviram mesmo para registar algumas das paisagens imperdíveis desta região e para observar os monumentos mais impactantes como Castle Stalker.

Este castelo fica numa pequena ilha e por isso o seu acesso apenas é possível de barco (quando a maré não está muito baixa, caso contrário é mais complicado). É um daqueles cenários que ficou registado no filme Monty Python e o Santo Graal que levou o castelo a outro estatuto. Mesmo assim, nem isso nos deu vontade de lá ir já que estávamos mais focados em chegar ao nosso destino.

Oban, a baía do marisco_Num Postal

Chegamos a Oban e recebemos logo uma energia incrível. A cidade parecia ser muito mais dinâmica do que os outros lugares onde tinhamos passado e esse primeiro impacto foi muito importante. A ideia era deixar o carro em algum lado, deixar as nossas bagagens na estalagem B&B e fazermos o nosso roteiro a pé pela cidade. Fomos muito bem recebidos e muito contribuiu a vista que tinhamos do nosso quarto para termos logo uma boa impressão deste lugar.

Oban, a baía do marisco_Num Postal

Oban War Memorial

Começamos por fazer um percurso inverso até a uma outra parte da cidade. Seguimos junto ao mar e no meio das casas típicas em direcção ao Oban War Memorial. Este é um monumento comemorativo dos moradores de Oban que perderam as vidas ou que desapareceram na Primeira e na Segunda Guerra Mundial.

Oban, a baía do marisco_Num Postal
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Dunollie Museum, Castle and Grounds

Continuando o nosso percurso tinhamos do nosso lado esquerdo a ilha de Kerrera que pertence à cidade e onde era possível observar o Hucheson’s Monument que é muito parecido com um marco geodésico. Do outro lado tinhamos o Dunollie Museum, Castle and Grounds que actualmente é uma ruína de um castelo que está aberto ao público. Infelizmente, como tudo fecha cedo neste país, acabamos por não ter a sorte de visita-lo mas o passeio por este lugar tão tranquilo valia bem a pena.

Oban, a baía do marisco_Num Postal
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Baía de Oban

Retornavamos até à cidade e continuamos sempre junto ao mar para observar a baía. É daqui que saem muitos dos barcos que vão para a pesca ou que simplesmente seguem o percurso para as outras ilhas à volta. Afinal, Oban pela sua localização é um dos principais pontos de entrada para as ilhas da costa Oeste da Escócia.

Oban, a baía do marisco_Num Postal
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The Oban Distillery

Como bons escoceses que já eramos, entramos na Oban Distillery. É daqueles edifícios que surgiu primeiro que a cidade e é um dos principais pontos de paragem para provas de whisky nesta região. A destilaria é conhecida sobretudo pelo seu malte de 14 anos mas desse tipo de coisas percebo muito pouco… De qualquer forma, lá seguíamos para a primeira prova do dia.

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McCaig’s Tower

Foi assim que também nos íamos preparando para a subida até à McCaig’s Tower, a maior atracção da cidade por ser tão diferente de tudo o que está à sua volta e pelo impacto que tem na paisagem. O edifício foi projectado por John Stuart McCaig no século XIX (o nome não é por caso) e mesmo que tenha sido uma boa ideia para combater o desemprego daquela área, foi mais um daqueles projectos na Escócia que não ficou terminado. Apesar de ser uma “torre”, tem um aspecto de um coliseu devido ao gosto pelas artes gregas e romanas do autor e este seria um monumento de homenagem à sua família. Para lá chegar, a subida ainda é um pouco íngreme mas toda a gente faz o esforço para subir até ao topo.

Oban, a baía do marisco_Num Postal
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Oban, a baía do marisco_Num Postal
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O melhor de tudo desta cidade é chegar lá acima e poder observá-la do seu ponto mais alto. Não apanhamos o pôr-do-sol que era só as 22h30 (estávamos em final de Maio e nesta altura do ano era normal) mas a luz que estava e o bom tempo que apanhamos proporcionaram um excelente fim de tarde que tornaram este dia (a começar no Viaducto de Glenfinnan) num dos melhores desta viagem.

Oban, a baía do marisco_Num Postal
Oban, a baía do marisco_Num Postal
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Era altura de descermos a colina e entre ir à procura de mantimentos para os próximos dias e descobrir um lugar para jantar, a golden hour ia-se aproximando e nós aproveitávamos para nos deslumbrarmos ainda mais com a baía de Oban.

Oban, a baía do marisco_Num Postal
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The Oban Inn

Já que estávamos numa cidade piscatória, tinhamos de provar algo típico da região. Não tivemos muita sorte (por um lado) e por isso acabamos num dos bares mais antigo de Oban. The Oban Inn está num dos pontos mais centrais da cidade e tem um ar bem castiço com uma história que vem desde o século XVIII. De qualquer forma, comemos umas boas ostras e assim nem tudo tinha sido em vão.

Oban, a baía do marisco_Num Postal
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Este dia tinha obrigatoriamente de terminar porque na manhã seguinte tinhamos de acordar muito cedo para partirmos até um novo destino. Nesta altura do ano o sol põe-se muito tarde e nós aproveitamos que o céu ainda claro nos acompanhasse até ao nosso alojamento. Estava um fim de dia incrível para mais tarde recordar e o melhor é que estávamos perto da meia-noite com uma luminosidade a que nós portugueses não estamos nada habituados a estas horas.

Oban, a baía do marisco_Num Postal

A tarde em Oban passou muito rápido. Estamos a falar de uma cidade que é muito pequena e por isso meio dia é mais que suficiente para a explorar a pé. Não visitamos as igrejas mais emblemáticas (St Columba’s Cathedral e St. John’s Cathedral) tal como não visitamos a Ilha de Mul ou Lismore que partem do porto de Oban mas já sabíamos que o tempo não dava para tudo e nós também queríamos estar tranquilos sem ter de andar a correr só para fazer o check nos lugares mais emblemáticos.

Não me admirou que este fosse uma dos lugares mais queridos da Rainha para passar as suas férias e não sabendo se voltarei aqui ou se irá valer a pena um desvio a Oban numa próxima viagem pela Escócia, este será sempre um dos lugares dos quais me irei sempre lembrar quando me falarem deste país maravilhoso.

Oban, a baía do marisco_Num Postal

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Autor do projecto Num Postal, arquitecto de profissão, fotógrafo nas horas vagas e apaixonado por viagens. Criei o blog para que não me escape nada das minhas aventuras pelo mundo, para partilhar com os outros e para eu reviver cada uma destas experiências! Depois de viver uma temporada no Brasil, percebi que há todo um universo lá fora para descobrir e desde então nunca mais parei de ir à procura de lugares desconhecidos.

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