SÃO MIGUEL,
UM DIA A OCIDENTE

Como aguentar uma escala de 9 horas, os miradouros para as lagoas das Sete Cidades e uma das estradas mais bonitas que percorri

PUBLICADO A 25 DE JANEIRO DE 2021 | VIAGEM A 5 DE NOVEMBRO DE 2020

A viagem que fiz aos Açores, desenrolou-se principalmente no grupo central do arquipélago. No entanto, antes de chegar à Terceira onde ia reunir-me com o meu grupo de viagem, fiz uma escala muito produtiva na ilha de São Miguel.

Nunca renderam tanto estas 9 horas de escala durante uma viagem… Decidi alugar um carro no aeroporto de Ponta Delgada e fazer-me à estrada sem grandes preocupações. Sabendo que não ia ver a ilha toda em tão pouco tempo, encarei esta pequena passagem com muita tranquilidade… Assim sendo, depois de sair do aeroporto, segui até às Sete Cidades e arredores, onde andei de miradouro em miradouro a observar as paisagens incríveis deste lado da ilha.

São Miguel, um dia a Ocidente_Num Postal

Miradouro da Vista do Rei

Todo o percurso no meio daquela natureza até às Sete Cidades é inacreditável! Parece que estamos noutro país que não o nosso… Tudo é verde à nossa volta e num estado de preservação impecável! É difícil encontrar igual em Portugal…

A primeira paragem foi o Miradouro da Vista do Rei, uma denominação em memória ao Rei D. Carlos I que em 1901 visitou aquele lugar. Esta é umas vistas mais conhecidas de São Miguel e a partir daqui temos uma primeira aproximação à vila das Sete Cidades. Com uma percepção panorâmica muito boa desta região, é só decidir em seguida qual o caminho a escolher para percorrer os trilhos ou os miradouros à volta das lagoas.

Ainda neste local, podemos deslumbrar-nos igualmente com o Hotel Monte Palace. Apesar de estar completamente abandonado e degradado, tem o um charme particular no meio daquele ambiente natural… Infelizmente não é possível visitar o interior do hotel mas dá que pensar o quão espectaculares devem ser as vistas das varandas daqueles quartos!

São Miguel, um dia a Ocidente_Num Postal
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Miradouro da Grota do Inferno

Ainda que o objectivo fosse chegar às Sete Cidades, voltei a dar mais uma volta ao redor das lagoas para ter outra perspectiva deste lugar. O tempo não era o melhor mas no Açores é mesmo assim… Num dia conseguimos encontrar as quatro estações do ano, às vezes até em 10 minutos como aconteceu comigo.

Entretanto, seguia-se o Miradouro da Grota do Inferno ao qual acedemos pelo Parque Florestal da Mata do Canário. O percurso para o miradouro é mítico! Entramos pela vegetação endémica até chegarmos a um ponto em que temos uma das panorâmicas mais bonitas desta ilha. A 730 metros de altitude, conseguimos observar a Lagoa Azul, Lagoa Verde, Lagoa Rasa e Lagoa de Santiago, além da vila das Sete Cidades. Com o tempo a mudar constantemente, foi muito bom ter conseguido admirar a paisagem sempre com cores diferentes.

São Miguel, um dia a Ocidente_Num Postal
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Lagoa do Canário

Ao abandonar o parque, passei pela Lagoa do Canário. Logo depois de atravessar o bosque escuro, cheguei a este lugar tranquilo onde não estava quase ninguém. O espaço em volta é todo igual com o mesmo tipo de vegetação a cobrir o plano de fundo da lagoa. É incrível o silêncio que ali se faz ouvir e cada vez mais tinha a certeza que esta viagem tinha sido uma decisão muito acertada!

São Miguel, um dia a Ocidente_Num Postal
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Sete Cidades

Melhor do que ter chegado a esta vila, é todo o percurso que fazemos até lá. Acho que posso dizer que foi uma das estradas mais bonitas que percorri e muitas foram as paragens que fiz para tirar fotografias do que estava a ver à minha frente. Toda aquela envolvência da natureza é imperdível!

Pelo caminho, também parei em mais dois miradouros antes de chegar à vila. Em primeiro lugar, o Miradouro do Cerrado das Freiras que tem uma das melhores vistas da Lagoa da Sete Cidades. O mesmo seria falar da Lagoa Azul e Lagoa Verde que formam este grande lago dividido por uma ponte… Existem várias histórias de que os nomes das lagoas reflectem os olhos de uma princesa e um pastor (por consequência de uma antiga lenda que envolvia uma história de amor entre os dois), outras que dizem que a Lagoa Verde tem esse nome porque tem mais vegetação à sua volta que a Lagoa Azul… De certeza que mais histórias existem sobre isto… Adiante, temos o Miradouro da Lagoa de Santiago de onde temos uma perspectiva mais cerrada da lagoa com o mesmo nome.

Estava tudo alinhado para finalmente chegar à vila das Sete Cidades. Esta pequena povoação localizada às margens da Lagoa Azul, é bastante simples, com casas tradicionais e tem como destaque a Igreja de São Nicolau no seu largo central.

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Ponta da Ferraria

Depois de tantas voltas na lagoa das Sete Cidades, fiz um desvio até à Ponta da Ferraria. Já tinha ouvido falar deste local mas só quando cheguei lá é que me apercebi do que me esperava.

Localizada no extremo Oeste de São Miguel, esta parte da ilha tem fortes influências dos fenómenos vulcânicos que ocorreram noutros tempos. É por isso que ali encontramos as Termas de Ferraria num ponto junto ao mar e as piscinas naturais da Ponta da Ferraria. A descida até às termas é tão íngreme que preferi ficar num miradouro que inclui uma vista panorâmica quer para as próprias piscinas e a paisagem lávica como para o Farol da Ferraria.

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Miradouro do Pico do Carvão

Faltava pouco tempo para regressar ao aeroporto. Em vez de continuar o caminho junto ao mar, decidi voltar às Sete Cidade e fazer o caminho pelo interior até Ponta Delgada. Durante este percurso encontrei o Miradouro do Pico do Carvão. Neste ponto encontramos uma paisagem tipicamente açoriana com uma extensão muito vasta de campos verdes e cones vulcânicos que se estendem desde Capelas até à Ribeira Grande, no litoral Norte da ilha.

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Ponta Delgada

A capital de São Miguel e uma das cidades mais importantes dos Açores. A minha passagem limitou-se a um pequeno passeio pelo centro histórico e depois fiquei a fazer tempo junto à baía da cidade. Uma cidade algo agitada que nem parece que estamos nos Açores. Também tive algum azar porque apanhei a “hora de ponta”… De resto, apenas me deslumbrei com as Portas da Cidade, um dos cartões de postal de Ponta Delgada. A visita foi tão rápida que não deu para muito mais…

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Certamente que a ilha de São Miguel não foi feita para se ver num dia e nem era isso que queria… Ao abandonar a capital de volta ao aeroporto, tinha a certeza que iria voltar! É impossível ficar indiferente à beleza natural, tanto desta ilha como dos outros lugares dos Açores. Existem muitos trilhos, lagoas, cones vulcânicos e muito mais para descobrir mas era altura de partir a outro destino. A Terceira chamava por mim e de São Miguel ficava um grande desejo de regressar!

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Autor do projecto Num Postal, arquitecto de profissão, fotógrafo nas horas vagas e apaixonado por viagens. Criei o blog para que não me escape nada das minhas aventuras pelo mundo, para partilhar com os outros e para eu reviver cada uma destas experiências! Depois de viver uma temporada no Brasil, percebi que há todo um universo lá fora para descobrir e desde então nunca mais parei de ir à procura de lugares desconhecidos.

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